A Guerra que Portugal quis Esquecer
A Biblioteca Municipal Manuel Giraldes da Silva, no Montijo, vai ser palco da apresentação do livro A Guerra que Portugal quis Esquecer, do jornalista Manuel Carvalho, no próximo dia 17 de novembro, às 18h00.
Nascido da série de reportagens homónima com que o autor venceu o Prémio Gazeta de Imprensa em 2015, A Guerra que Portugal quis Esquecer relata as memórias dos soldados, as denúncias de cobardia e de incompetência das chefias e a vergonha pelas derrotas, fazendo justiça a uma parte da História que o Estado Novo tentou apagar.
Entre 1914 e 1918, Portugal enviou mais de 20 mil soldados para Moçambique com o objetivo de garantir a defesa da colónia face aos alemães. Apesar da sua superioridade em número e no equipamento, os soldados portugueses foram condenados a uma missão impossível. As divisões internas, o desleixo com as regras sanitárias, a impreparação para as doenças tropicais, as dificuldades de um país arruinado para manter duas expedições a milhares de quilómetros de distância, a incompetência e a falta de vontade de combater tornaram a aventura moçambicana num dos maiores desastres de sempre das tropas nacionais. Na Primeira Grande Guerra morreram, em Moçambique, mais portugueses do que na frente europeia.
Manuel Carvalho é jornalista e desenvolveu quase todo o seu percurso profissional na redação do Porto do jornal Público (excetuando um breve período entre 1999 e 2000, em que integrou o Diário Económico). Para além de ter pertencido ao grupo de jovens escolhido, em 1989, para formar a primeira redação do jornal, entre 2000 e 2013 ocupou as funções de subdiretor e de diretor adjunto.
Venceu vários prémios de jornalismo, o último dos quais em 2015 – o Prémio Gazeta de Imprensa com a série de reportagens sobre a Primeira Guerra Mundial em Moçambique, que estão na base deste livro. É, atualmente, redator principal do Público e integra o painel de comentadores de assuntos políticos e económicos da RTP Informação e da RTP2.
Uma oportunidade para conhecer melhor uma parte da História do nosso país. A entrada é livre.