Água de Consumo Humano
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Análises à qualidade da água (Editais de Controlo da Qualidade da Água)
Alertamos os consumidores para a existência de empresas a operar nos vários concelhos do país, cujo intuito é apenas a venda de aparelhos para colocação na torneira do consumidor com abastecimento pela rede pública (por exemplo filtros). Segundo informações apuradas junto de alguns consumidores, estas empresas entram em contacto via telefone e agendam uma data para se dirigirem às suas habitações a fim de prestarem esclarecimentos sobre a qualidade da água.
Editais de Controlo da qualidade da água
Ano 2023
Ano 2022
Ano 2021
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Utilização Racional da água
Água é vida, ajude-nos a preservá-la.
Não lave a loiça em água corrente.
Junte-a e lave-a uma ou duas vezes por dia.
Use a máquina de lavar loiça e roupa apenas com a carga máxima e em programas económicos.
Em cada descarga do autoclismo gastam-se 10 a 15 litros de água.
Utilize-o só quando necessário.
Feche a torneira enquanto escova os dentes. Assim, poupará 5 a 10 litros de água.
Tome um duche rápido, em vez de um banho de imersão; poupará cerca de 150 litros de água.
Não se esqueça de fechar a torneira enquanto se ensaboa.
Não deixe a torneira a pingar.
Na falta de água, guarde só a quantidade necessária, se sobrar não a deite fora aproveite-a para regar as plantas! -
Programa de Controlo da Qualidade da Água
Consulte em baixo: -
Dureza da Água de Consumo Humano
DUREZA DA ÁGUA NO CONCELHO DE MONTIJO
A dureza da água é uma característica relacionada com a concentração de iões de determinados minerais dissolvidos, tais como Cálcio e Magnésio. O grau da dureza é determinado pela concentração de carbonato de cálcio na água.
Em geral a água de origem subterrânea (furos), como a que é distribuída no Concelho de Montijo, é mais dura que a água de superfície. Tal facto deve-se ao contacto mais íntimo e prolongado com as formações geológicas que atravessa. Este contacto também a torna numa água equilibrada e naturalmente purificada por essas camadas.
O grau de dureza da água para consumo humano é importante para a aceitabilidade estética pelos consumidores. A água dura não dissolve bem o sabão ou detergente e causa mais facilmente depósitos de calcário nas canalizações, máquinas de lavar roupa e louça, na própria louça, ferros a vapor e por vezes nas torneiras e chuveiros.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma água é designada por água muito dura quando apresenta uma concentração em carbonato de cálcio (CaCO3) superior a 180mg/L; dura com concentração entre 120 e 180 mg/L, moderadamente dura entre 60-120 mg/L e macia quando os teores em carbonato de cálcio são 60 mg/L. A OMS não propõe um valor guia para a dureza na água para consumo humano.
O Decreto-Lei nº69/2023, de 21 de agosto, que estabelece o regime da qualidade da água destinada ao consumo humano, não estabelece um valor paramétrico para a dureza total.
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Concentração de potássio na água de consumo humano
CONCENTRAÇÃO DE POTÁSSIO NA ÁGUA NO CONCELHO DE MONTIJO
O potássio é um elemento essencial à vida, pela sua intervenção em sistemas enzimáticos ligados ao metabolismo dos glúcidos e ao equilíbrio osmótico da célula. Intervém na transmissão de influxos nervosos. A sua deficiência provoca sintomas de fraqueza muscular e perda de capacidade cerebral.
O Decreto-Lei nº69/2023, de 21 de agosto, que estabelece o regime da qualidade da água destinada ao consumo humano, não estabelece um valor paramétrico para o potássio.
A tabela abaixo apresenta a concentração de potássio na água fornecida para consumo humano nas zonas de abastecimento de Montijo.
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Zonas de Abastecimento Público
Enquadramento Geral das Zonas de Abastecimento do Concelho de Montijo
O Concelho de Montijo apresenta a particularidade de territorialmente ser descontínuo no espaço. É constituído por duas áreas: a Este, mais interior, que comporta duas freguesias (União das Freguesias de Pegões e Freguesia de Canha) e a Oeste que abrange três freguesias (União das Freguesias de Montijo/ Afonsoeiro, União das Freguesias da Atalaia, Alto Estanqueiro-Jardia e Freguesia de Sarilhos Grandes).
A Zona Este, com características mais rurais, compreende cerca de 83% da área do Concelho. Sendo habitada por apenas 10% da população do Concelho, apresenta uma baixa densidade populacional.
Na Zona Oeste com características mais urbanas, habitam os restantes 90% da população.
A Figura 1 refere-se ao enquadramento geográfico do Concelho de Montijo.
Hidrogeologicamente o Concelho desenvolve-se sobre o sistema aquífero da Bacia do Tejo-Sado/Margem Esquerda (T3), integrado na sub-unidade da Bacia Terciária do Baixo Tejo.
Trata-se de um sistema multiaquífero poroso, livre, confinado ou semi-confinado, em que as variações laterais e verticais de fácies são responsáveis por mudanças significativas nas condições hidrogeológicas.
A Bacia Terciária do Baixo Tejo, que integra o maior sistema aquífero do Território Nacional, constitui um importantíssimo fator de desenvolvimento, assegurando o abastecimento de água a numerosos núcleos urbanos, industriais e agrícolas.
A Figura 2 refere-se ao enquadramento hidrogeológico do Concelho de Montijo.
O Concelho de Montijo é totalmente abastecido por água subterrânea que, pelas suas características de qualidade, é apenas sujeita a desinfeção.
As Zonas Oeste e Este do concelho são servidas por 10 Zonas de Abastecimento que fornecem 97% da população do Concelho de Montijo.
Nas plantas 1 e 2 do anexo I é possível observar a localização geográfica das diferentes Zonas de Abastecimento no Concelho.
Os fluxogramas das Zonas de Abastecimento que podem ser observados no anexo I, permitem facilmente identificar as infraestruturas associadas e o funcionamento de cada zona de abastecimento.
Zonas de Abastecimento Público da Zona Oeste
Montijo
A Zona de abastecimento de Montijo é a maior de todas as zonas do Concelho. Abastece cerca de 58.83% da população servida (31730 habitantes) fornecendo um caudal médio de 6903 m3/dia. Abrange as localidades de Montijo, Bela Colónia, Lagoa do Barro, Samouco, Seixalinho, Vinhas da Guarda e Pinhal Redondo.
Desta zona fazem parte 6 captações subterrâneas com profundidades médias de 250 m.
A distribuição na rede é efetuada através das seguintes entradas:
a) Reservatório da Caneira (R5) abastecido pela captação F19;
b) Reservatório do Corte das Cheias (R15) abastecido pelas captações F26 e F32;
c) Captação F2 (introdução direta na rede);
d) Captação F15 (introdução direta na rede);
e) Reservatório da Aldeia Velha (R1) abastecido pela captação F21.
Esta zona de abastecimento é globalmente única sendo alimentada simultaneamente a partir de várias origens indissociáveis (pólos de captação/distribuição e reservatórios elevados) que mantêm a estabilização das cotas piezométricas de todo o sistema abastecido, em função das variações contínuas do consumo com descontinuidades diárias de chamadas de caudais.
Há assim entradas simultâneas na rede a partir das diversas origens (reservatórios elevados, estrategicamente localizados de acordo com as características da rede e das zonas de consumo) havendo uma mistura contínua da água proveniente de cada origem.
Assim a definição/delimitação de sectores através das zonas de influência das várias origens é de difícil definição, já que a conceção da rede de distribuição contempla a entrada simultânea e contínua da água a partir dos diversos reservatórios, que asseguram a fiabilidade do abastecimento em termos de caudal e pressão.
A desinfeção da água bruta é feita à saída das captações através de hipoclorito de sódio. A injeção do desinfetante é efetuada através de bombas doseadoras, fazendo parte do sistema 6 pontos de cloragem.
Pau-Queimado/Atalaia
A zona de abastecimento público do Pau-Queimado/Atalaia é o 2º maior sistema do Concelho. Serve 29,37% da população (15841 habitantes) fornecendo um caudal médio de 4423 m3/dia. Abrange as localidades/locais de Arce, Corte Esteval, Lançada, Malpique, Pinhal do Gancho, Pinhal do Monte, Hortinha, Alto Estanqueiro, Bairro Boa Esperança, Bairro da Mosca, Bairro do Florindo, Bairro Miranda, Jardia, Bairro Charqueirão, Bairro Barrão, Atalaia, Carodes, Figueira da Vergonha, Bairro das Carvalhas, Bairro do Barroso, Brejo do Lobo, Vale Porrim, Vaza da Borracha e Afonsoeiro).
Deste sistema fazem parte duas captações subterrâneas com cerca de 270 m de profundidade. Estas captações abastecem o reservatório do Pau-Queimado (R6) sendo parte da distribuição na rede efetuada a partir deste. O reservatório do Pau Queimado abastece ainda o reservatório R2 e as duas células do reservatório R3, que distribuem também neste sistema.
A água é sujeita a desinfeção com hipoclorito de sódio, localizando-se os pontos de cloragem à saída das captações.
As elevadas capitações deste sistema devem-se ao facto de existir nesta zona um pólo industrial com consumos elevados de água. Esta é também uma zona com bastantes espaços de lazer em que dominam os campos relvados com elevados consumos de água para rega.
Sarilhos Grandes
A zona de abastecimento de Sarilhos Grandes serve 2,31% da população (1247 habitantes) e fornece um caudal médio de 145 m3/dia. Abrange as localidades de Broega, Corte das Pereiras, Espinhosa, Mimosa e Sarilhos Grandes.
Este sistema tem como origem de água uma captação com 126 m de profundidade que abastece o reservatório de Sarilhos Grandes (R4), sendo a distribuição feita a partir deste.
A água é sujeita a desinfeção com hipoclorito de sódio, localizando-se o ponto de cloragem à saída da captação.
Zonas de Abastecimento Público da Zona Este
Canha
A zona de abastecimento de Canha serve 1.6 % da população (846 habitantes) e fornece um caudal médio de 169 m3/dia. Abrange as localidades de Canha e Foros da Boa Vista.
Este sistema tem como origem de água uma captação com 246 m de profundidade que abastece o reservatório de Canha (R12), sendo a distribuição feita a partir deste.
A água é sujeita a desinfeção com hipoclorito de sódio, localizando-se o ponto de cloragem (bomba doseadora) na saída da captação.
Santo Isidro de Pegões
A zona de abastecimento público de Santo Isidro de Pegões serve atualmente 669 habitantes, o que corresponde a 1.24 % da população que usufrui de água de abastecimento público no Concelho.
O sistema fornece cerca de 192 m3/dia e abastece as localidades de Pegões Velhos e Figueiras.
A distribuição é feita através do Reservatório de Pegões Velhos (R11) abastecido por duas captações com profundidades de cerca de 160 m.
A água é sujeita a desinfeção com hipoclorito de sódio, localizando-se o ponto de cloragem (bomba doseadora) à entrada do reservatório.
Pegões
A zona de abastecimento de Pegões serve as localidades de Pegões, Pegões Gare e Fazendas do Pontal.
A partir deste sistema são abastecidos 1710 habitantes (3,17% da população servida).
A captação que abastece o reservatório de Pegões (R13), a partir do qual se faz a distribuição, fornece cerca de 513 m3/dia de água. Esta captação tem a profundidade de 245 m.
O sistema de desinfeção através de hipoclorito de sódio é feito à saída da captação.
Afonsos
Por esta zona de abastecimento são servidas as localidades de Afonsos, Judia, Craveiras Norte e Craveiras Sul, correspondente a 1.69% da população servida no Concelho (911 habitantes).
Os volumes fornecidos diariamente rondam os 132 m3.
A água deste sistema tem origem em duas captações subterrâneas com cerca de 210 m de profundidade, que abastecem o reservatório de Afonsos (R7) a partir do qual é feita a distribuição na rede.
O processo de desinfeção é efetuado através de uma bomba doseadora de hipoclorito de sódio instalada a jusante das captações.
Taipadas
A zona de abastecimento das Taipadas tem atualmente a sua origem numa captação com 236 m de profundidade que abastece o reservatório (R14). A distribuição é efetuada a partir do reservatório que fornece à rede cerca de 100 m3/dia.
Este sistema serve as localidades de Taipadas e Foros do Carrapatal, num total de 502 habitantes (0.93%).
A desinfeção é feita através da adição de hipoclorito de sódio a montante do reservatório.
S. Gabriel
A zona de abastecimento de S. Gabriel serve apenas 7 habitantes (0.01%) fornecendo um volume diário de 2 m3. A distribuição para a rede é efetuada a partir do reservatório elevado de S. Gabriel abastecido por uma captação subterrânea, ambos propriedade da Rádio Difusão Portuguesa, mas cedidos aos SMAS em protocolo.
A desinfeção é feita através da adição de hipoclorito de sódio a montante do reservatório.
Faias
Por esta zona de abastecimento são servidas parte das localidades de Faias e Foros do Trapo, correspondente a 0.87% da população servida no Concelho (470 habitantes).
Os volumes fornecidos diariamente são de 90 m3.
A água desta ZA tem origem numa captação subterrânea com 250 m de profundidade, que abastece o reservatório de Faias (R16) a partir do qual é feita a distribuição na rede.
O processo de desinfeção é efetuado através de uma bomba doseadora de hipoclorito de sódio instalada a jusante da captação.
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Recomendações sobre como evitar riscos para a saúde devido à estagnação da água
De forma a evitar riscos para a saúde devidos à estagnação da água nas redes de abastecimento prediais, existem um conjunto de procedimentos que devem ser efetuados pelos proprietários ou responsáveis pela manutenção dos edifícios. Durante o estado de emergência devido à COVID-19 a ERSAR (Entidade Reguladora dos serviços de águas e de resíduos) emitiu uma orientação sobre as medidas de proteção à saúde dos consumidores devido à estagnação da água em edifícios que estiveram encerrados durante esse período.
Esta orientação continua atual e é aplicável não só em situações como a da pandemia, mas a qualquer situação em que os edifícios se encontrem sem consumo de água durante um período de tempo ou mesmo como boa prática na manutenção das redes de abastecimento de água dos edifícios. Assim, recomenda-se que antes de ser retomada a atividade e utilização do edifício sejam implementadas as medidas de proteção referidas na orientação.