Suinicultura
A localização da “Vila de Aldeia Galega”, entre o Alentejo e Lisboa, induziu a implementação nesta localidade de um número crescente de pocilgas e casas de abate.
Os porcos eram engordados de forma extensiva no Alentejo (então o maior produtor nacional de suínos), alimentando-se essencialmente à base de bolota e de produtos naturais. Percorriam esta distância em varas a pé ou eram trazidos em leitões e engordados no Montijo com desperdícios hortícolas.
Este movimento deu origem às malhadas que proliferaram um pouco por todo o concelho, tirando partido das casas de abate já existentes.
Tendências recentes vão no sentido da deslocalização das explorações para zonas rústicas onde é possível construir de raiz, em terrenos mais económicos, maiores e melhores instalações e reduzir fortemente os impactos ambientais.
A suinicultura é hoje cada vez mais encarada de forma profissional. A exploração tipo familiar tornou-se incompatível com esta atividade. Existe uma nova mentalidade no empresário deste setor apostado na obtenção de padrões europeus, cada vez mais atento à formação profissional, às inovações tecnológicas e à adoção de métodos científicos que têm permitido melhoramentos ao nível genético e um consequente aumento de produtividade.
A suinicultura é uma atividade de grande tradição no nosso concelho e a sua importância tem, desde há muito, uma dimensão nacional.
O Montijo é ainda hoje um dos principais produtores nacionais de suínos e é aqui que se encontra sediada a Bolsa do Porco, onde se definem semanalmente as cotações de referência para todo o país. É também no Montijo que se realiza a Feira do Porco, integrando outras áreas com ligação ao mundo rural como são a floricultura, as cortiças, a silvicultura, entre outras.