Joaquim Tapadinhas e Elisabete Jacinto recebem Medalha de Ouro
Nas comemorações do 34.º aniversário da elevação do Montijo a cidade, no passado dia 14 de agosto, a Câmara Municipal do Montijo homenageou duas figuras ilustres da terra, Joaquim Tapadinhas e a Elisabete Jacinto, com a entrega da Medalha de Ouro do Concelho, em cerimónia que decorreu na Galeria Municipal.
Perante uma sala esgotada, Joaquim Tapadinhas recebeu das mãos do presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, a Medalha de Ouro pelo seu percurso profissional, associativo e de cidadania.
“Um dia muito feliz”, disse o homenageado, agradecendo a “honra de me atribuírem a Medalha de Ouro do Concelho”. Recordando um pouco da história e da evolução da antiga Aldeia Galega até hoje, à cidade do Montijo, Joaquim Tapadinhas terminou a sua intervenção afirmando “construí uma vida social sempre dentro do Montijo e amo a minha terra”.
Também Elisabete Jacinto começou por expressar a sua felicidade e honra “por receber esta distinção vinda da minha terra. Aqui nasci, cresci, tornei-me uma pessoa adulta e, mesmo quando passo fora boa parte da vida, aqui estão as minhas raízes. Sei, que ao longo destes anos, as pessoas do Montijo sempre estiveram ao meu lado a apoiaram-me”.
A piloto, que em 2019 tornou-se a primeira mulher a vencer uma maratona de todo o terreno na categoria camião, recordou o percurso desportivo e as suas dificuldades e referiu-se à Medalha de Ouro do Concelho como “um reconhecimento e um incentivo muito grande, não só para mim, mas para todas as outras pessoas, em particular as mulheres que muitas vezes precisam de ser encorajadas a realizar os seus sonhos”.
A cerimónia terminou com a intervenção do presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, que falou de uma homenagem a “dois montijenses ilustres: o professor, o dirigente associativo, o político da resistência, o primeiro presidente da comissão administrativa da câmara municipal na democracia – o professor Joaquim Tapadinhas, ma também a piloto Elisabete Jacinto, os quais, com as suas vidas, engradecem o nome do Montijo. Os seus exemplos de vida servem de inspiração para as novas gerações e merecem ser distinguidos com a mais alta condecoração do município”.
“Uma cidade faz-se de memória de cultura, de solidariedade, de investimento, mas sobretudo de pessoas. O Montijo tem sido construído a partir do esforço individual e coletivo dos montijenses. Comemorar o Dia da Cidade é dizermos que somos gente solidária, amiga e firme no desejo que nos une: uma cidade de futuro que exige responsabilidade a todos no presente”, disse Nuno Canta, salientando, ao longo do seu discurso, o percurso realizado na construção de um concelho moderno, inclusivo e sustentável, assim como os novos investimentos, a agenda de descentralização e os desafios de expansão e crescimento que estão no horizonte da cidade.
A música e a arte, também, marcaram presença no 34.º aniversário da cidade. O primeiro momento aconteceu, ainda, durante a cerimónia institucional da entrega da Medalha de Ouro do Concelho com um apontamento musical do grupo Raiz Lusa.
De seguida, foi inaugurada na Galeria Municipal a exposição “Origem(s): coletiva de artes”, composta por trabalhos de pintura, fotografia, ilustração, escultura, gravura, joalharia, banda desenhada, entre outras formas de expressão plástica de 18 autores montijenses.
À noite, poderá dizer-se que houve um momento de magia… pela voz da fadista Carminho. O público encheu a Praça da República de um silêncio respeitoso, que só foi interrompido pelas ondas de aplausos à fadista e aos seus músicos.
Carminho apresentou um espetáculo extraordinário, marcado pelas músicas do seu novo disco “Maria”, o quinto álbum da sua carreira e o mais pessoal de sempre, incluindo várias canções de sua autoria. A fadista é, atualmente, uma das grandes vozes do fado e uma das artistas portuguesas com maior projeção internacional.