09. Moinho de Maré do Cais
Inverta agora o caminho, siga pela Rua da Misericórdia em direção à Rua do Hospital. Aproveite para dar uma olhada nas fachadas dos edifícios revestidos a azulejo.
Atravesse a Praça da República e quando chegar junto ao rio, dê um passeio pela Zona Ribeirinha, com Lisboa e os flamingos como fundo, e visite o Moinho de Maré do Cais, edifício que remonta aos séculos XIII / XIV.
Moinho do Cais
A primeira referência documentada do Moinho do Cais de Aldeia Galega/Montijo é de 1646, contudo a existência de uma cruz da Ordem de Santiago, hoje visível no lintel da porta de entrada, atesta a sua existência anterior. Até finais do séc. XIX o Moinho do Cais manteve-se na posse da mesma família, sucedendo-se outros proprietários durante o séc. XX.
Tornou-se propriedade municipal em 1995, tendo a Autarquia assumido a preservação deste ícone da História Local que sintetiza uma relação intensa, de vários séculos, entre a atividade agrícola e o rio. Foi restaurado pela Autarquia no ano 2005, com vista a torná-lo num espaço museológico. Estes trabalhos de reconstrução, realizados a par da requalificação envolvente, permitiram transformar este moinho numa mais-valia identitária da paisagem montijense, fazendo parte ativa simultaneamente da história e da modernidade.
É ao fluxo e refluxo das águas do Rio Tejo que o moinho vai buscar a sua fonte de energia. Associados a este recurso natural, existem, como é visível no moinho do Cais, o edifício e a caldeira; no primeiro estão localizados os engenhos, na segunda é armazenada a água necessária para ativar o mecanismo de moagem. Novas tecnologias vieram substituir progressivamente o processo tradicional de transformação dos cereais.
É o único exemplar conhecido de Moinho de Maré no Estuário do Tejo que se manteve com os mecanismos primitivos, resistindo no século XIX às adaptações industrializantes que generalizaram a transmissão por meio de rodas dentadas metálicas.
Zona Ribeirinha - Montijo