Livro Travessias marca comemorações do Dia Internacional dos Migrantes
No âmbito das comemorações do Dia Internacional dos Migrantes teve lugar no dia 20 de dezembro, o lançamento do livro “Travessias - Contar as histórias, entender as vi(n)das” da autoria de Sandra Pratas Rodrigues, na sala da Assembleia Municipal – Edifício da Galeria Municipal do Montijo.
Este livro surgiu da parceria com o Agrupamento de Escolas Poeta Joaquim Serra, no âmbito do Plano Municipal para a Integração de Migrantes do Montijo, com o objetivo de promover o desenvolvimento de um clima favorável à integração, o respeito pela diversidade cultural e o combate à discriminação em função da etnia, cultura e religião.
Na apresentação da obra o presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, agradeceu à autora, professora do curso PLA – Português Língua de Acolhimento, no Agrupamento de Escolas Poeta Joaquim Serra “pelo seu esforço e dedicação que resultou num livro muito importante que nos alerta para a importância de bem acolher as pessoas que vêm dos cinco continentes, procurando trabalho, uma vida melhor, contribuir para a nossa cidade”.
“Montijo é uma terra de acolhimento de encontro de pessoas e culturas”, frisou o presidente.
A diretora do Agrupamentos de Escolas Poeta Joaquim Serra, Paula Póvoas, também exprimiu o seu agradecimento “As minhas palavras vão essencialmente para a Sandra, agradeço todo o trabalho que faz de integração” disse a diretora acentuando que a autora tem sido “uma referência neste dar de si para os adultos que chegam ao Montijo, muito além do aprender português, ajudá-os na legalização, dá-lhes a conhecer Montijo e outros lugares e levá-os a partilhar connosco o muito que têm para dar da sua cultura”
Sandra Pratas Rodrigues agradeceu a oportunidade à Câmara Municipal do Montijo e o apoio do Agrupamento de Escolas Poeta Joaquim Serra assim como aos seus colegas, à sua família e “às pessoas que tiveram a coragem de contar as suas histórias”.
“É fundamental que as pessoas saiam da sombra, mostrem a cara e venham para a luz, deixarem de ser apenas números em estudos, gráficos e tabelas. É fundamental que se saiba o que os fez sair das suas casas, dos seus países e o quão difícil é recomeçar e que ainda mais difícil o é se não se sentirem bem-vindos e integrados”, referiu a autora.
O contacto da autora com pessoas migrantes, enquanto professora do curso PLA – Português Língua de Acolhimento permitiu reunir 10 testemunhos, alguns deles presentes na cerimónia. Cada história de vida representa a coragem e a resiliência de pessoas que escolheram Portugal e o Montijo para viver e trabalhar e ilustram os desafios e os sucessos que o processo migratório implica.