Câmara inaugura Mural Maestro Jorge Peixinho
A inauguração do Mural Maestro Jorge Peixinho, da autoria João Samina, vai marcar as comemorações do Dia Mundial da Música, no próximo dia 1 de outubro, pelas 18h00, na Av. Maestro Jorge Peixinho, no Montijo. O momento vai contar com atuação do Grupo de Música Contemporânea de Lisboa, fundado em 1970 por Jorge Peixinho.
Montijo ganha, assim, mais um mural de arte urbana, desta vez com a figura do Maestro Jorge Peixinho. A intervenção artística de João Samina irá dar nova vida à fachada de um edifício, localizado na Av. Maestro Jorge Peixinho, prestando-se homenagem a este importante montijense, figura maior da música contemporânea portuguesa.
Jorge Peixinho nasceu no Montijo em 1940, tendo vindo a falecer 30 de junho de 1995. Foi um dos mais importantes compositores portugueses do século XX, tendo tido um papel fundamental na atualização do panorama musical nacional entre 1961 e meados da década de 80 do século passado.
Terminou em 1958 o Curso Superior de Piano no Conservatório Nacional. Em 1970 fundou, juntamente com alguns músicos portugueses, o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa. Ao longo da sua carreira recebeu inúmeros prémios de composição, tendo igualmente sido galardoado com a Medalha de Ouro da Cidade do Montijo.
Sobre João Samina
O street artist, João Samina nasceu em 1989, em Setúbal. Desde cedo teve contacto com o mundo das artes, principalmente com o desenho e com a pintura. Aos 14 anos, iniciou o seu caminho no mundo da Street Art quando começou a desenhar e colar stickers. Estudou arquitetura e essa formação passou a fazer parte integrante das suas obras, que também evoluíram da street art para outras “telas”.
Foi acompanhando o crescimento do movimento em Portugal e no estrangeiro, tendo desenvolvido em paralelo o seu trabalho autoral, sempre inspirado pelo que ia testemunhando nas ruas. Já colaborou com vários projetos, como Tour Paris 13 (França), Arturb (Algarve) e marcas, como a Nike e a Heineken.
Sobre o Grupo de Música Contemporânea
O Grupo de Música Contemporânea de Lisboa foi fundado na Primavera de 1970 por Jorge Peixinho com colaboração de alguns músicos portugueses, entre eles, Clotilde Rosa, Carlos Franco e António Oliveira e Silva, que desde há algum tempo trabalhavam em conjunto para a realização de uma série de concertos na Fundação Calouste Gulbenkian.
A sua primeira apresentação pública teve lugar no Festival de Sintra desse mesmo ano, mantendo desde então uma constante regularidade nas suas apresentações no país. Em 1991 foi distinguido com a medalha de Mérito Cultural atribuída pela Secretaria de Estado da Cultura.
Ao longo dos seus mais de 40 anos de existência, o GMCL efetuou concertos em numerosos países apresentando-se em vários festivais de música contemporânea. Recentemente, em Portugal, o GMCL tem-se apresentado nas principais salas do país.