Orçamento municipal novamente rejeitado
Apesar de todo o processo negocial desencadeado nos últimos meses pelo executivo do Partido Socialista no sentido de estabelecer um consenso político, os vereadores da CDU e do PSD voltaram, assim, a reprovar os documentos, após uma primeira votação negativa na reunião de câmara de 29 de Outubro.
O executivo socialista apresentou para discussão um novo orçamento que revelava algumas alterações face ao documento anterior, consubstanciando-se, essencialmente, no aumento da despesa de capital de 1,6 milhões de euros para 2,1 milhões de euros, assim como na redução de despesas correntes com a aquisição de serviços e com pessoal. No global, o orçamento apresentava um valor de 25.543.214,00 euros.
O Partido Socialista mostrou, assim, disponibilidade para ir ao encontro de algumas das exigências dos partidos da oposição, aceitando sugestões como o aumento do valor para investimentos públicos a realizar em todo o concelho.
Na sua declaração política introdutória à discussão do Orçamento, o presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, afirmou que “se a oposição teimar em chumbar este orçamento terá de arrecar com a sua opção de voto, que se traduz numa recusa em servir o Montijo e os montijenses, em proporcionar melhores condições aos nossos concidadãos, quer no que se refere ao investimento público, quer no que se reporta à política de descentralização para as juntas e uniões de freguesias do concelho.
Nuno Canta defendeu que a “a aprovação de um orçamento deve ter em conta, sobretudo, o principal e não o acessório; deve ter em conta, sobretudo, o interesse público e não o mero interesse partidário ou de grupo.
Sobre o documento em apreço, o presidente assinalou tratar-se de “um documento sério, responsável, rigoroso e transparente, que apresenta quatro grandes linhas de orientação ao serviço das pessoas, das famílias e do investimento público. É um orçamento que mantém o abaixamento de impostos aos montijenses e os distribui equitativamente; que continua o investimento público e a descentralização de competências nas Juntas de Freguesia; que aposta na coesão social, no ambiente, nos recursos humanos, no património e na cultura; e que apoia o investimento, a criação de emprego e a modernização da nossa estrutura produtiva”.
Durante o debate, o presidente assegurou que continuará a tentar um consenso com os restantes partidos para a viabilização do Orçamento para 2015, relembrando que o documento é fundamental para, no próximo ano, a Câmara responder adequadamente a novas situações que se colocam ao Município, como a participação no Fundo de Apoio Municipal ou a realização de novos investimentos no concelho, alguns dos quais exigidos pelos partidos da oposição como a aquisição de um trator para a freguesia de Sarilhos Grandes ou a valorização do Parque de Exposições da Montiagri.