Estudo sobre Biorressíduos no concelho apresentado na Galeria Municipal
No dia 7 de março teve lugar, na Galeria Municipal, a apresentação pública do “Estudo para o Desenvolvimento do Sistema de Recolha de Biorresíduos do Município do Montijo” elaborado pela Associação de Transferência de Tecnologia e Conhecimento para Empresas e Instituições.
A apresentação do estudo foi realizada pelo professor Alexandre Magrinho, do Instituto Politécnico de Setúbal, responsável pela elaboração do mesmo e contou com a presença do presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, e do vereador José Manuel Santos, entre outros convidados.
O presidente da Câmara Municipal do Montijo referiu que o dispendioso sistema vai “cumprir com as normas nacionais e comunitárias” permitindo continuar “a evolução que temos realizado nos últimos 25 anos”.
“Sabemos que será um processo complexo e difícil, mas incontornável para prosseguir com o progresso continuado que temos vindo a realizar” referiu o autarca acrescentando que a recolha de resíduos orgânicos “na cidade e nas freguesias tem como objetivo continuar este caminho e continuar a alcançar melhorias na qualidade de vida das pessoas”
Na apresentação do estudo, Alexandre Magrinho frisou que: “No Montijo, os biorresíduos representam uma percentagem de 50 por cento de todos os resíduos, concelho com maior percentagem a outros na área envolvente”.
“Estimamos que o potencial de biorresíduos sejam de 11,5 toneladas por ano” referiu o autor do estudo, apontando dois cenários possíveis. “O cenário A seria manter uma estrutura paralela” que permitiria “duplicar o sistema que temos hoje” e o cenário B seria, referiu, “adaptar as soluções às realidades no terreno”.
Alexandre Magrinho sublinhou que “é possível poupar dinheiro através de uma boa gestão. Quanto mais separarmos os biorresíduos menos pagaremos pelos indiferenciados.”
A partir de 31 de dezembro de 2023, a separação na origem e reciclagem de biorresíduos passa a ser obrigatória em todo o território nacional. A separação dos resíduos orgânicos, ou biorresíduos, produzidos diariamente pela população na preparação de alimentos resulta num conjunto de benefícios globais, concretamente na diminuição do espaço ocupado em aterros, no aproveitamento de recursos para a produção de adubo e energia e na redução da emissão de gases com efeito de estufa.
É com esta preocupação que o Município de Montijo se encontra a preparar estruturalmente para poder dar resposta, de forma gradual e progressiva, à necessidade de recolha de biorresíduos no seu território.