SCUPA festeja 106 anos
A Sociedade Cooperativa União Piscatória Aldegalense (SCUPA) esteve em festa no dia 2 de março pela passagem do seu 106.º aniversário. Na sede da coletividade reuniram-se dirigentes, sócios, entidades oficiais e amigos da SCUPA para assinalar a importância desta coletividade para a comunidade montijense.
O presidente da direção da SCUPA, Paulo Coelho, mostrou que a coletividade está de portas abertas, afirmando que “esta é uma casa de homens do mar para homens do mar e, nos dias que correm, para todos aqueles que queiram fazer parte desta casa rica em história, cultura e tradição”.
Não escondendo as dificuldades que a instituição atravessa, apelou às entidades oficiais presentes, câmara e junta, “para que nos apoiem neste momento difícil, por forma mantermos esta casa em atividade permanente, na preservação da cultural e da identidade da classe piscatória”.
Nuno Canta, presidente da Câmara Municipal do Montijo, afirmou o apoio incondicional da câmara à SCUPA: “quando houver dificuldades, nos momentos difíceis estamos ao vosso lado. Este é um grande projeto de solidariedade, de homens e mulheres que fizeram esta casa ao longo de mais de um século. Deixo por isso uma palavra de gratidão a todos aqueles que trabalham todos os dias para esta sociedade cooperativa. A SCUPA tem um papel insubstituível na afirmação da tradição piscatória e na valorização do nosso património náutico”.
A SCUPA nasceu no dia 2 de março de 1913. A associação funcionava como uma cooperativa de consumo. Os pescadores descontavam os seus rendimentos para benefício de todos, cada um pagava o que podia formando uma espécie de “mealheiro” dos pescadores com uma função social muito forte. As sucessivas crises do setor e o abandono da arte da pesca obrigaram a SCUPA a uma reconversão, virando a sua atuação para a preservação da memória, da cultura e da identidade da classe piscatória.