A Atividade Agrícola
A atividade agrícola na margem sul do Rio Tejo tem uma tradição de longa data, tendo a sua origem e expansão resultado da influência e proximidade de Lisboa, do seu porto e do seu mercado. Ainda hoje, esta atividade assume uma posição importante na estrutura do tecido produtivo e do emprego no concelho do Montijo.
A agricultura do concelho baseia-se na produção de culturas hortícolas, com destaque para a batata, cebola, cenoura, couves e hortícolas de estufa, sendo praticadas em áreas tão díspares que vão desde a horta familiar até ao cultivo extensivo em grandes áreas.
As hortícolas de estufa têm-se desenvolvido bastante e a área utilizada para este fim tem aumentado, fruto do interesse que estas culturas têm suscitado junto dos consumidores. As produções principais são a alface, o tomate, o pimento, o melão/meloa, o feijão verde e o morango.
As culturas cerealíferas têm ganho importância crescente, especialmente o triticale e o trigo, sendo ambas produzidas em sistema de regadio. O trigo está agora a ressurgir ao entrar na rotação de algumas culturas hortícolas, aproveitando as estruturas de rega existentes.
No que diz respeito à produção forrageira, a sua base são consociações de aveia, tremocilha, ervilhaca e o milho produzido (com aptidão para grão) é também usado para a forragem. As maiores áreas de produção de culturas forrageiras e cerealíferas situam-se na zona este do concelho, nomeadamente, na Freguesia de Canha e na União das Freguesias de Pegões.
Quanto à riqueza florestal do concelho é, sobretudo, baseada no sobreiro, pinheiro manso e eucalipto. O sobreiro desempenha um papel importante na economia do concelho, nomeadamente, no abastecimento da indústria de preparação e transformação de cortiça.
Quanto ao pinheiro manso, houve tempos em que a extração da resina era uma atividade importante. No entanto foi gradualmente perdendo peso e cedendo lugar ao pinhão, fruto seco que é apanhado e tratado no concelho.