Assinado Acordo para Novo Aeroporto do Montijo
“Um dia histórico para o Montijo, para a região de Setúbal e para Portugal” afirmou Nuno Canta, presidente da Câmara Municipal do Montijo, na cerimónia de assinatura do Acordo de Financiamento da Expansão Aeroportuária de Lisboa que foi presidida pelo primeiro-ministro António Costa, e teve lugar no dia 8 de janeiro, na Base Aérea n.º 6, localização do futuro Aeroporto do Montijo.
A assinatura do acordo “marca o início de um novo ciclo de investimentos, de desenvolvimento e de criação de emprego nesta região”, disse Nuno Canta, salientado a importância do novo Aeroporto do Montijo para o aumento sustentável do turismo fluvial no Estuário do Tejo, para o reforço da proximidade a Lisboa e “para a concretização de uma visão estratégica para a região assente no princípio básico da coesão territorial”.
Da parte do Governo, tanto o primeiro-ministro, António Costa, como o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, asseguraram que nenhum aeroporto será construído sem estarem verificados os pressupostos ambientais e de segurança aeronáutica, mas que o país precisa de uma solução para responder às dificuldades da operacionalidade aeroportuária em Lisboa.
“Assim que haja a conclusão do estudo ambiental, que ele possa ser apreciado, decidido e, se for favorável, que a obra do novo Aeroporto do Montijo possa arrancar imediatamente. Não discuto mais se esta é a decisão certa ou errada. É a decisão e há que por em prática. Cada dia de atraso é mais um dia que se soma aos 50 anos de espera”, afirmou António Costa.
O acordo assinado entre o Governo e a Ana-Aeroportos permite “que avancem desde já os investimentos necessários para o aumento da capacidade aeroportuária no Humberto Delgado, que tem a perspetiva de atingir pela primeira vez os 30 milhões de passageiros”, revelou Pedro Marques.
Sobre o futuro aeroporto do Montijo, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas disse que será um aeroporto de ligações ponto a ponto e de médio curso, que permite reforçar a proximidade a Lisboa com novas infraestruturas viárias e mais transportes públicos, criando mais de 10 mil postos de trabalho diretos e indiretos: “no período da democracia será um dos maiores investimentos na Península de Setúbal. Não será um apeadeiro ou um pequeno aeroporto, mas um aeroporto de dimensão internacional”, precisou Pedro Marques.
Até 2028, o acordo de financiamento para a expansão aeroportuária de Lisboa prevê um investimento de 1,15 milhões de euros, valor que inclui a extensão do aeroporto Humberto Delgado, que irá custar 660 milhões de euros, e a fase inicial da construção do novo Aeroporto do Montijo, no valor de 550 milhões de euros.